IBGE inicia coleta das pesquisas econômicas

*Com informações do IBGE Amazonas

Os dados de pessoal empregado, despesas e receitas da produção captados por essas pesquisas servem como base para o cálculo do Produto Interno Bruto (PIB). Além disso, os dados também são utilizados por toda a sociedade para tomada de decisões.
Com tais informações, o empresário pode decidir, por exemplo, em que setor investir ou não investir. Por fim, os dados das pesquisas econômicas também ajudam o poder público a definir estratégias de apoio a setores específicos e às possibilidades de emprego para a população.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) inicia a coleta das pesquisas estruturais da indústria, construção civil, comércio, produtos e serviços nesta segunda-feira (3). No total, 4.134 empresas estão selecionadas para participar das pesquisas no Amazonas, e o Instituto pede para que as empresas colaborem, respondendo aos questionários.

Riter Garcia, Supervisor das Pesquisas por Empresas do IBGE no Amazonas, explica que cada empresa responderá ao questionário, conforme pesquisa em que está enquadrada. Dessa forma, “é primordial o contato inicial com o IBGE para evitar um enquadramento errôneo da empresa na pesquisa”. As empresas podem responder às pesquisas através do site de questionários eletrônicos do IBGE: https://questionarios.ibge.gov.br/downloads-questionarios.

Imagem do site de questionários eletrônicos do IBGE

O Supervisor do IBGE destacou algumas das principais dificuldades que o Instituto enfrenta para realizar as pesquisas, no Amazonas. De acordo com Riter, existem empresas com cadastro desatualizado; que não cumprem os prazos combinados com o IBGE; que mudam de endereço, e também aquelas que não possuem os dados sistematizados para responder às pesquisas.

Além de tudo, há empresas que se recusam a fornecer as informações ao Instituto. Mas não há motivo para não responder ao IBGE, pois “as pessoas podem tirar suas dúvidas via telefone ou e-mail, por onde receberão todas as informações da pesquisa”, explica o supervisor. Entre as informações recebidas pelas empresas, o IBGE informa os contatos do agente de pesquisa que irá realizar a abordagem e o acompanhamento da coleta, até a finalização do processo.

Para esclarecimentos ou informações, as empresas podem entrar em contato pelos telefones (92) 3306-2010 ou pela central de atendimento do IBGE: 0800-721-8181.

Sigilo dos dados e obrigatoriedade na prestação de informações

Os dados fornecidos pelas empresas são confidenciais e usados apenas para fins estatísticos. Ou seja, os dados não podem ser usados como prova em processo administrativo, fiscal e judicial, ou para qualquer outra finalidade. O sigilo é regulamentado nos termos do Decreto Federal n° 73177, de 20 de novembro de 1973, e da Lei n° 5534, de 14 de novembro de 1968, modificada pela Lei n° 5878, de 11 de maio de 1978.

Ainda de acordo com as leis e decretos citados acima, toda pessoa natural ou jurídica, de direito público ou privado, é obrigada a prestar as informações solicitadas pelo IBGE.

A empresa que deixar de enviar as informações ao IBGE ficará sem o certificado de quitação de informações estatísticas emitido pelo instituto. O certificado é necessário para participar de licitações ou ter acesso a benefícios fiscais em órgãos públicos como a Suframa. Além disso, sem o certificado do IBGE, a empresa poderá ser impedida de fornecer produtos ou prestar serviços à administração pública.

Sobre as pesquisas

As pesquisas econômicas estruturais do IBGE são compostas pela Pesquisa Industrial Anual (PIA-Empresa), Pesquisa Industrial Anual (PIA-Produto), Pesquisa Anual da Indústria da Construção (Paic), Pesquisa Anual de Comércio (PAC) e Pesquisa Anual de Serviços (PAS).

As pesquisas estruturais (de base/anuais) são diferentes das pesquisas conjunturais do IBGE (mensais), como a Pesquisas mensais do Comércio (PMC), de Serviços (PMS), Industrial (PIM-PF), e a da Construção Civil (Sinapi).

“Para retratar a realidade em que vive a população é necessário conhecer a estrutura produtiva, a distribuição de renda e a disponibilidade final de bens e serviços. Para isso, é primordial que os institutos de estatística dos países estudem as atividades econômicas que são executadas em seus territórios”, explicou Riter.